HISTÓRIA DA COLEÇÃO
Entre os anos de 2008 à 2018, a Coleção Imagética do Museu Virtual de Anatomia Humana contemplava imagens textuais, de ossos e peças anatômicas de diversas tipologias preparadas por equipes multiprofissionais. Na medida que as atividades deste Projeto de Divulgação Científica e Popularização do Conhecimento foram se consolidando, a demanda por acervo específico que pudesse ser destinado para atividades de educação não formal foi tomando corpo gerando necessidade de especialização de temas para atender a comunidade em geral e à todas as categorias de profissionais formados nesta instituição que usam os saberes anatômicos para compor parte de seus currículos.
A partir da década de 90, as Coleções Universitárias no Distrito Federal assumiram importante papel na divulgação do conhecimento sobre o corpo humano, uma vez que Brasília é uma cidade educadora, e neste sentido, a Universidade de Brasília representa uma das instituições de referência nestes saberes. O Museu Virtual de Anatomia Humana (MV) passou a ser um espaço consolidado como Projeto de Extensão de Ação Contínua, vinculado ao Decanato de Extensão.
A anatomia, enquanto ciência normativa, é focada no estudo da forma, vincula-se ao importante processo saúde-doença e vida-morte. Na curiosidade de entender a vida, através de objetos cedidos para estudo, foi-se construindo uma coleção de imagens digitalizadas que possibilitasse a divulgação científica do acervo físico da Área de Morfologia e do Museu de Anatomia Humana da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília. O acervo imagético teve como suporte objetos de caráter arquivístico de tipologia textual, fotográfica, documental e iconográfica, entre outros. Nos documentos arquivísticos existem papéis de transferência de partes do acervo de hospitais regionais para a universidade. Um indicativo de interação entre os serviços de saúde antes mesmo da consolidação no Distrito Federal do Sistema único de Saúde (SUS). A partir de 2018, ossos, peças e modelos anatômicos, documentos, imagens, vídeos, entre outros objetos compõem o acervo que tem sido cenário de virtuais, de educação não formal e de itinerância, com a finalidade de popularização do conhecimento, favorecendo sobretudo a educação cientifica em escolas públicas do Distrito Federal e do entorno. O Museu Virtual divulga sua coleção, em atividades museais, que demonstram claramente o impacto das imagens disponibilizadas como artefatos científicos e culturais.
Parte do acervo que viria a ser virtualizado teve seu trabalho iniciado a partir da primeira década do século XXI, como um propósito das professoras Yolanda Galindo Pacheco e Jussara Rocha Ferreira e do técnico Abel de Souza Barbosa. A equipe multiprofissional que compoz a organização e o gerencimento dos acervos que deram suporte ao MV trabalhou na consolidação de um projeto que se tornou realidade em 2013 e que teve como pano de fundo a realização de dissecações feitas por alunos dos cursos de graduação em ciências da saúde.
O ato de “viajar virtualmente" pela coleção tem como foco demonstar a beleza exterior e interior do corpo humano. Busca-se entusiasmar desde de a criança até o idoso, exibindo-se na plataforma virtual imagens reais, "de verdade", e estas subjetivamente podem levar o indivíduo a buscar a harmonia contida no corpo físico e associá-la à paz interior que todo ser humano almeja. É possivel ao usuário interpretar que viver no mundo, interagir com ele, evoluir, amar e servir depende deste corpo/consciência que vive, convive e depois ensina o que aprendeu e viveu legando as gerações futuras um legado de cultura sobre o corpo que temos.